Ligado, ligeiro Um pouco cabreiro Vai que eu me esbarre Num louco certeiro Pode ser mais velho ou mais novo, vai vendo (os crica de hoje já cresce sabendo) O que é mal, o que é fatal Aprendendo de vida Ninguém é imortal Cabeça mal feita Fácil de cair (mais um que pro crime vai servir)
Difícil é ser gente hoje em dia Difícil é ser gente na periferia Só cabeça ôca, só covardia Tenho que me esquivar no dia-a-dia Sempre preferi ser um bom malandro Tô sempre com foco E nunca conversando E me virando como posso Humildemente, eu aposto Que o caderno na mão não é destruição E o dinheiro fácil nunca tá na mão
Tá na quina porque quer Dá vacilo pros gambé Basta ver o carro cinza Quer logo meter o pé Pensa que é assim que é Sem responsa é nada zé Se responde no bagulho Pra ver "mermo" qual que é Já perdi muito amigo Perdendo a vida ai em pé E nessa porra de esquina Fica o louco que quer
Sai da esquina nego, sai sai
Tá "cheinho" de malote Tá louco de papelote Como todo bom malandro Tá ligado no pinote Vive a vida por viver E morre por abastecer tá pensando em se crescer É melhor se resolver Tua vida vale ouro Mas pros outros é só vender tá na vala é pra morrer Depois vai se arrepender De não ter ido viver Depois pensa nos porque Do porque não ter vivido Nessa merda de rolê tu nunca é favorecido, nego
sai da esquina nego, sai sai
Vai, vacila, oscila tá perdido na ilha É dia de trilha Na caça da quadrilha Eu sei Não pensa na família Um lobo sem matilha Eu nunca pensei