Resolveram acordar, por as coisas no lugar Saíram pra trabalhar sem saber se vão voltar Tantas contas pra pagar, pouco pra poder ganhar Muito pra poder sonhar, pouco tempo pra buscar Escravo horário, do calendário do extrato bancário; que leva salário Poder comprar o que for vender Pra poder gastar e não receber Vão vivendo como dá e sabem agradecer As bênçãos de Jah que renovam o amanhecer Querem valorizar e sempre aprender Cada um se iluminar, pra não escuro não se perder Procurando a luz que o mundo não emana Carregando a cruz de trilogia de Havana Conversando com Deus até em uma cabana Enquanto o coração entoa canções de Osana
Ilegais Traficando informação Ilegais Fugindo da alienação Ilegais Alertando a multidão Ilegais Rejeitando a repressão
Consumindo a cultura Cinema, literatura, arte ou uma escultura e uma poesia pura Fugindo da ditadura, silenciosa e dura Que o sistema implica, e a gente finge que atura Acalmando os anseios de vingança e devaneios Perdoando erros alheios, do governo e seus meios Tentando pacificar sua forma de viver Pra não se deixar levar com ódio ao ter que ver balas cruzando fronteiras limitando territórios Tirando mais um da ceia, dando espaço pra velórios Enquanto nos escritórios do Planalto Central sai a ordem do sistema pra usar força brutal Uau Seu policial, isso não é ilegal? Então porque só é preso quem porta o natural? Existe um leão sendo criado no quintal de cada vitima dessa lei tão irracional
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Mão pra cima, pra mim, é pra balançar E não pra ser abordada por me expressar Ninguém nunca vai me impedir de pensar Sua voz de prisão não pode me calar