ConeCrewDiretoria

Alcatraz

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Quer dizer que ninguém nunca fugiu daqui ?
Ninguem jamais conseguiu, todo mundo aqui procura uma saĂ­da.
Se vocĂȘ for no banheiro a noite ao invĂ©s de ir pela manhĂŁ eles querem saber por quĂȘ!
Mas digamos que vĂĄ tentar assim mesmo, primeiro tem que sair da cela,
os canos das grades tem 6 vergalhÔes de aço dentro com mais aço ainda misturado.
E também não tem jeito de abrir um tunel. Bolas, esta ilha é rocha maciça.

Isso Ă© uma guerra civil camuflada pela novela, ditadura econĂŽmica, a democracia
ta na cela. SĂŁo exilados pelas margens da sociedade, lutam pra nĂŁo passar fome
armados de malabares. Guerreiros do novo século, vivendo no subsolo. Trabalhando
vĂ­cio com visto ou entĂŁo no seu escritĂłrio. No asfalto saem por baixo, no alto sĂŁo
respeitados, no ato civil Ă© mais nada mas como nada faz de errado.
Com a distùncia da infùncia, infantaria suas crianças. Não me espanta tanta trama,
corro e chamo a ambulĂąncia, mulher que chora no colo da santa mĂŁe nĂŁo adianta,
perdeu pros cana pos nĂŁo tinha dinheiro e nem fama, trancaram no cofre sua grana,
no coração suas lembranças dispensa pra essa trégua com guerra nunca vai ter
samba. NĂŁo se cansa da 'andança' e ataca sĂł por vingança, vencendo em Ășltima
instùncia o direito de ter esperança.

[RefrĂŁo 2x]
Sempre tenho que andar com o pĂ© atras as verdades que eles vĂȘem ninguem crĂȘ
mais.. Como eu faço pra entender sem me corromper?
Eles querem me deter me jogar em Alcatraz.

A toa, na boa, na louca lombra que zomba e dispositivo de arromba. Com ĂĄgua de
cĂŽco na sombra e depois que cai nĂŁo levanta, festeja sempre, ele explana.. domina
Copacabana mantém pose de bacana e se a caridade reclama, não doa nem uma
banana. Leva amargura pra cama, sĂł faz amor com piranha com sentimento ele
estranha que elas travam, que ele ganha mas ostentando sua grana um dia tu volta pra lama.
E quanto mais eu vejo mais vontade eu tenho de ser cego, o papo reto Ă© de credo
do incredo visualizo o inferno, não quero ser indiscreto demonstrando meu critério deflagrando o alto clero,
liberdade que eu espero. Eu quero ser levado a sério,
hipocrisia eu não venero. Vendendo a vaga no céu, me extresso, protesto, me altero.
JĂĄ corro com a caneta em companhia do caderno e fazendo a rebeliĂŁo,
Surroud system auto stereo.

[RefrĂŁo 2x]
Sempre tenho que andar com o pĂ© atras as verdades que eles vĂȘem ninguem crĂȘ
mais.. Como eu faço pra entender sem me corromper?
Eles querem me deter me jogar em Alcatraz.

Eu faço Ă© rap original pra minha alma e nĂŁo pra tu, nĂŁo canto mĂșsica que nego escuta
rebolando o cĂș. AtĂ© minha prĂłpria famĂ­lia me aponta, me descrimina, dĂĄ vontade de chorar
mas um homem nĂŁo choraria. A sociedade quem diria.. Um absurdo tĂŁo infantil, vai pra
puta que paril no carro do Damon Hill . Ninguém riu quando viu que o movimento é serio.
Do tédio eu fujo, clero do prédio cimento e ferro, prego, o prego inquieto segurando o teto.
BabilÎnia dominando o mundo e eu com dialeto expresso. Tudo que sigo no rio frio fome e tiro. Ninguém trava o meu
improviso mas eu travo o seu gatilho. De alcatraz ninguém sai quando cai, vida vai
com o pai olhai por eu, seu filho sagaz.
Ninguém mais conseguiu porque parou pra olhar pra trås..
Logo mais ConeCrew, hip hop nos jornais. PORRA!

Compositores: Cert, Maomé

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