Vago pela lua, me vejo desfocado Como um menino perdido no mercado Estranho perder tanto ao se sentir amado Sei que talvez a cura seja nunca estar curado Moradia da dor, mas já tô acostumado Perdido, estive por dias desamparado Com qual decepção eu não gostei de ter estado? Duvidava do que me foi passado no passado Quieto por lembrar de como é não estar calado E por favor Em quem habita a maior dor? No que nunca amou Ou no que nunca foi amado? Porque sinto que tudo isso tem me orgulhado Mas só me faz lembrar do choro derramado E hoje essas lágrimas tem me acompanhado Como aquele velho "eu" tinha precisado Aquele velho "eu" que nunca havia chorado
[Refrão] E eu vou te esperar Prometo estar aqui quando lembrar Me perco há dias nessas linhas Na esperança de a encontrar Na busca por você Fui perdendo a essência do meu ser Pois pra conseguir te ver Foi preciso me perder
E cada pedaço disso é pra você Pois cada caco do meu coração Deixei em tuas mãos Sem perceber E hoje olhei pro céu e não te encontrei Sei que a lua que eu sempre quis, jamais terei E eu vou uivar Por você aqui sempre vou estar Por que não faz sentido um dia te deixar Se foi sentido, meu sentido foi te amar E hoje olho nos teus olhos e não te vejo lá Talvez o erro seja te procurar Mas por você, faço questão de errar Questão de ouvir essa voz no ar Que me diz Que só do teu lado, posso um dia ser feliz O que eu pude dizer O que eu pude fazer, eu fiz A noite encontra os monstros nessa folha de papel Se for pra julgar, faça de mim o réu A poesia se torna um fardo tão cruel A maldição desse lobo, é a lua não estar no céu
[Refrão] E eu vou te esperar Prometo estar aqui quando lembrar Me perco há dias nessas linhas Na esperança de a encontrar Na busca por você Fui perdendo a essência do meu ser Pois pra conseguir te ver Foi preciso me perder
E eu vou te esperar Prometo estar aqui quando voltar Porque minhas noites são vazias Sem a calma do luar Se um dia lembrar de mim Lembre que sempre foi por ti A minha procura se mantém Pois ainda a guardo aqui