Danla do Espírito
O tempo vai embalando
O meu movimento de giro no ar
Canto e o novo com mantos
Com barcos que vibram na luz deste altar
A cor da terra que pinta a minha pele
E que me convida a dançar
No tempo em que eu perdi
E o peito inconstantes distorções do mundo
Abro espaço
Passo por passo
Passo por mim
Me atravesso do avesso do verbo que somos
Água que bebe
E o som do silêncio
E em minha alma anseia
A profecia que vinha cantando do tempo
Em que eu me esquecia
E quanta gente me abraça
Nas sombras do vale que um dia me vê
Espírito move montanhas
Nos ventres regados
De sonho e de Sol
E do canto
Faço o meu norte
Aldeias antigas
Sou tudo o que sou
E ocupo
O meu próprio espaço
Que nesta dança
Carrega o meu ser
E o dia
Amanhece algo
Dentro da terra
Negra que sou
E brincando
Vou refinando
Meu caminhar
Na pureza do amor
E do canto
Faço o meu norte
Aldeias antigas
Sou tudo o que sou
E ocupo
O meu próprio espaço
Que nesta dança
Carrega o meu ser
E o dia
Amanhece algo
Dentro da terra
Negra que sou
E brincando
Vou refinando
Meu caminhar
Na pureza do amor
Composição: Clara CoelhoOuça estações relacionadas a Flaira Ferro no Vagalume.FM