É o anseio é a fome é o coro da favela É o caos é a doença é o desespero da miséria É a mentira é a vaidade é o espetáculo assassino Enquanto a povo chora, a governo está sorrindo
Energias divinas chocando-se contra o lógico Entre vias congestionadas à procura do pódio Opinião conquistada através de visões profundas Transformando o ser e o ambiente em poesia pura A cada passo é sentido um novo teor de revolta Consequentemente é o tempo e a derrota A vitória sim, essa chegará para ser A distorção do pensamento o guiará para ver Purificando o verdadeiro desejo do home bom A revolução condiciona a evolução Iniciada no interior onde naturalmente ocorre a batida Leve, mortal, cheia de vida ou brisa Sensitivo ao extinto a ser combatido O abrir e fechar os olhos ganham um novo sentido Num ritmo frenético ou num formidável descansar Um novo e prazeroso ato de oxigenar Conhecimento adepto afasta ignorância Pensamento eclético, ganha confiança Acreditar em si e sonhar enquanto criança Realizá-los sim e recordá-los na lembrança Ser munido de amor para alguns é utopia Fascínios causados pela dor é guerra fria É com a expressão da arte que vem de dentro Que a cura chega num processo lento de amadurecimento Receptivo, em busca da verdade Aprendendo a sobreviver com criatividade Alarde, covarde é quem não o faz A equação é solucionada pelo o único capaz
É o anseio é a fome é o coro da favela É o caos é a doença é o desespero da miséria É a mentira é a vaidade é o espetáculo assassino Enquanto a povo chora, a governo está sorrindo
Questão de percepção Compreender o verdadeiro poder da visão Preocupar-se em ser moralmente ético Seguir vontades de ser feliz ou pra ter crédito? Perplexo, inicia-se mais um capitulo inédito Luz, câmera e ação Versões e aspectos Contradizem-se a todo o momento O tempo é dinheiro ou o dinheiro mata o tempo Detentos da padronização Sangue e suor escorrem em vão Na contramão, querendo ou não Existe um movimento em fermentação As palavras ferem, fervem mentes inacabadas Atrasadas, estagnadas, distraídas e formatadas Por um sistema bruto que promove o que convém Entre massas populares não se enxerga ninguém O presente é quente, é distribuído o cumulo Manual do usuário é preparar seu tumulo As horas passam, cada segundo um a menos Para chegarmos aonde pretendemos Mas a certeza que eu tenho é que minha hora vai chegar E não irei sem fazer do rap tua canção de ninar
É o anseio é a fome é o coro da favela É o caos é a doença é o desespero da miséria É a mentira é a vaidade é o espetáculo assassino Enquanto a povo chora, a governo está sorrindo