Olhos nos olhos Vermelho nos olhos Pensamentos tão sóbrios Nunca foram tão sóbrios
Sinto mais Vejo mais Venço mais Tento mais
E cada dia vejo que hoje eu cresço muito mais Honra, respeito, amor à pátria Calado na hora do hino
Aperto a mão diariamente de bicho mais invejoso Que o patolino Sem condecoração eu faço a minha estilo paladino Luto! to de pé, não vivo no chão Não sou catimbeiro igual argentino
É diferente, é desigual O que acontece aqui, não bipa lá no seu ramal Tá tudo resolvido, nem chega no ouvido O classe baixa pra média, não será promovido
Que um dia chegou lá em cima E te contou toda aquela história O céu não é o que dizem, sem coroação, sem gloria
Faça por merecer, o maior heróI viveu de forma simplória
Você nem tem todo esse tempo a perder Pra viver dia a dia na paranoia
Olhos nos olhos Vermelho nos olhos Pensamentos tão sóbrios Nunca foram tão sóbrios
Respira, inspira Insira isso na sua vida Tudo segue, tudo muda, tudo acaba em pizza
A justiça não é cega, ela só não da a mínima E você é só mais um número na próxima estatística
Cada menino no sinal também é um numero e não igual Cada acidente por falta de respeito Enchendo de sangue a marginal Mais de vinte mil moradores de rua E agora dizer que a rua é nóiz é legal Vive de reza, no milagre tem pressa "corre que já vai abrir o sinal"
Quero tudo, mas não tenho forçar pra carregar Vejo de longe, mas minhas asas não podem voar A planta do pé dóI, mas ainda pode caminhar Eu luto hoje, perco hoje, pra amanhã poder ganhar