Recuando alma à dentro Onde a charla é mais sentida, Ando cortando alça de gaita, Floreado da lida... Trazendo a mala nos tentos De pouso em pouso Tocando a vida... Com uma prosa sincera e franca Dou buenas ao vento Pra uma saudade, morena! "Sentá" o pêlo... Num "rincãozito" botado Nos campos do Toro Passo Com o sangue pampa Da gadaria flor! Me resguardei na invernada Numa "sombrita" copada Num lote de terra Numa ponta de gado E descobri no fundo Como era pouco e muito Que eu havia plantado -Escrevi a vida inteira, poesias musiqueiras E mesmo assim eu não matei A fome do meu coração! Em campanha, Onde a água é muito mais pura perto da fonte E qualquer pedaço de campo É um universo, um aprendizado Eu contínuo voltado com os olhos pra dentro, No espaço detido do tempo, Onde sempre sobra sinuelo, Pra se apartar melodias.