E Este É O Brasil! Terra de nosso senhor De um povo cheio de glória Muita paz e amor Da Bossa Nova do Samba Das mulheres perfeitas Da alegria dos Pampas E das nossas riquezas Mártires e vitórias Todos os monumentos A mentira a escória Já vem do descobrimento E à surdina chegaram, escravizando os nativos, usando de todas as formas, assim com seus atrativos, e como o tempo passava os anos se arrastando, e sempre nos nomeamos abençoados por Deus
Abençoado por Deus Sou do Brasil do primo rico herança lá de Cabral Abençoado por Deus Imaginou se eles viessem p'ra fazer algum mal
E Este É O Brasil! País pentacampeão Temos aqui um rei negro Orgulho desta nação E sem contar nossa fauna E sem falar nossa flora A natureza é a alma A vida desse pais Aqui não tem terremoto Aqui não tem furacão Temos tormenta pior A chamada corrupção
Que já nos rouba faz tempo, mas a culpa é só nossa, votando na banda podre Transforma o país em fossa, e como o tempo passava os anos se arrastando E sempre nos nomeamos, abençoados por Deus
Abençoado por Deus Sou do Brasil do primo rico herança lá de Cabral Abençoado por Deus Imaginou se eles viessem p'ra fazer algum mal
Brasil País onde a impunidade supera boas ações Riquezas desviadas dos pobres pagam perdões Nação deficiente de bom senso Que por vontade própria se cega No desespero ao seu santo de apega Procurando o mal de sua doença Este é o estado laico Que respeita apenas uma crença
Bem vindos A um país de todos Beneditas, Marias Francisco Carlos João Criamos falsos profetas Os mercadores da fé Aliciando menores Imaginando orações Analfabetos de pai E vagabundos de mãe Assassinamos heróis Idolatrando vilões Olhando o fundo do poço Não pode mais piorar isso aqui
São meus vícios E eu não posso evitar Fui esculpido no ódio E nunca tive razão A maioria dos fatos Não faz sentido pra mim Pois sou menor inocente Bandido por profissão Não tenho medo de errar Sou protegido da lei Minha atitude é normal Pois ate onde eu sei As fortalezas com grades Não podem mais me impedir Sou um doente inventado
Fui batizado e criado rancor e magoas doados pra mim Braços cruzados a dor que nunca parece ter fim Os votos de paz nao passam só de ilusão Aprisionado é um povo Que vive e morre de frente a televisão
E a política Simplesmente me destrói Sou feito de escravo E vivo nessa prisão Amordaçado e ferido Fraco de mais pra lutar Fui humilhado e trancado A sete palmos do chão Serei lembrado talvez Por falta de lucidez Querendo a vida dos sonhos No país da opressão Identidade esquecida Sem razão e eu não posso voltar
São memórias Que todo um povo esqueceu Temos os olhos vendados Ao roubo que aconteceu Eu não calculo valor Pois não se pode pagar Dignidade perdida Ao mal que possa causar São fragmentos do horror Com toda alienação Nos jogam um prato de bosta No troco de refeição E o sistema falhou E não foi só uma vez Pois fabricando reféns
Pedem respeito e silencio com o açoite cerrado na mão Intrigas mentiras também o fato da corrupção Confirma a injustiça e tudo que eu não posso aceitar O medo nos olhos indica a culpa de quem não pode lutar