[parte 1] Batam palmas, anunciam os tambores Quem vem lá, akili "hã" sangue bantu Africa, berço de um povo tão sofrido Renovado pelas forças que me torna destemido
É o canto que ecoa em cima de cada frase Senzala, favela, dinastia de palmares A batida do tambor, liberdade Quebra de grilhões O solo que eu piso é mais batido E cheio de emoções
Naveguei com o coração de um menino Com a força do orun, escrevo o meu destino Energias do além, que me guia a cada manhã Batizado pelas águas, regido por Iansã
Essa é por Martin, e o guerreiro zumbi Valeu pela inspiração Por não deixar a peteca cair Chibatadas, que não mataram nossa história Punho forte, que mantem viva essa memória
[parte 2] Honrando essa etnia como herança Deuses que não deixa eu cair nessas andanças Refugio, ancestralidade a cada verso escrito Não me deixando cair em cada espaço que eu piso
Sentimento que trago no peito a cada dia Enseios que me fazem suspirar a cada poesia Batuques pura magia do canto e da dança Entre culturas e crenças uma divina aliança
Lanças e armaduras onde só restava fé Aos golpes dos inimigos eu permaneci de pé Axé! tô firme pro que der e vier Vou construindo a verdade seja onde estiver
Pele preta no coração, militância no punho Escrevi minha história E tirei sonhos do rascunho Mandiba trago no peito Simbolo de resistência Africa! grito de liberdade com eloquência