Futebol rolando na TV No fim de tarde de certo subúrbio Só pra encobrir o que não é pra ver O véu que esconde o poder submundo Intervalo e a Babel vem se mostrar Entre as cervejas tocam tamborins O perverso azul se faz discreto pra observar
Até o ataque repentindo só bala zunindo No chão interrompidos sonhos, pipas e meninos Os gritos vão ficando sós Não há mais nós nesse cenário urbano que vem de jornais A impunidade vem credenciando o novo dia As mães enterram filhos, dores de novas Marias Nessa rotina desumana lágrimas tentam estancar o sangue Que o poder insiste em ver verter
Voltando sempre ao pó Um rastro fica sobre a mesa Só guerras pra lutar Tão santas quanto as que já se lutou
Até o ataque repentindo só bala zunindo No chão interrompidos sonhos, pipas e meninos Os gritos vão ficando sós Não há mais nós nesse cenário urbano que vem de jornais A impunidade vem credenciando o novo dia As mães enterram filhos, dores de novas Marias Nessa rotina desumana lágrimas tentam estancar o sangue Que o poder insiste em ver verter
Voltando sempre ao pó Um rastro fica sobre a mesa Só guerras pra lutar Tão santas quanto as que já se lutou