Eu levanto de manhã digo olá pro mundo e tudo se desfaz Caminho pelo jardim mudo que está todo enferrujado Vejo as paredes com seus rostos distorcidos E agradeço a meu ego não reclamar deste tempo maldito
Tento levantar a cabeça mas não é tão simples Com algo alojado no peito que se contradiz
Passo o dia escrevendo cartas a mim mesmo Procuro algo pra me consolar e desisto por ser simples de encontrar Escuto alguma nova e aplico o seu sentido Troco a humildade por humilhação e destruo todas as provas
Bendita bala perdida Bala esta que me trouxe a vida Bendita bala perdida que seu caminho seja esquecido minha amiga
A matemática me prova que o errado está certo Que o importante não é como chegará e sim como saiu Minha casa está cheia eu me impossibilita pensar E minha cama tão vazia e justo ela não deveria ficar
Carros a minha volta, móveis tão diferentes Portas assinadas retratos destruídos São recordações de um tempo que eu preferia não conhecer E agora que já passei é o que me resta
Eu abro a janela e espero a chuva me consumir Imagino que meus pecados se vão pra bem longe com ela Invento uma decisão e convenço a mim AbAixo e resgato minha moral, mas já é tarde demais.