-Ontem depois do armoço eu tirei uma madorna -Sonhei que tava num samba, se a mulher não me acorda eu dormia até agora. Me senti no paraíso, rodeado de amigo, cantarolando uma chula -É a festa da cultura, Chico Ventura dizia, pinicando na viola e fazendo poesia.
-No ?tec tec? da cuia e na marcação do pandeiro tinha uns nego bom pra cantar, era Vadinho Pinheiro com um grupo de sambador, do lado do Burduá chegou Tininho da Ribeira, Agnor de Possidone Tanta gente conhecida que faltou lape e papel pra mode de anotar os nomes
-Tinha gente da Carocha, da região da berada dos macaco, gameleira, lagoa da caiçara. Ali todo mundo junto, tinha uns amigos do Junco e umas mulher sambadeira, da região da capoeira fica ali perto da barra.
-Do pintado e do descanso vi muita gente chegar, da Emburana Cabaceira, Peixe, Morro do Curral, do Serrote do Mucambo, era aquele ?zum zum zum gente do Araticum, e da Bezerra Queimada tinha gente da Pistola e até do Buraco d'água
-Sem falar da multidão que veio do Ponto e do Bravo toda aquela região do Adorno, da Quixaba, da Lajem do Boqueirão, Bom Jesus, Tamanduá, parecia uma arraia todo mundo por ali, da região do Buji, Santa Clara, Seriema gente da Queimada Grande e da Canela da Ema
- Bebedouro, Candial, da Gitirana e Pau Ferro também chegava gente, tudo enquanto eu dormia passava na minha mente. Acordei não vi ninguém, comecei coçar os zóio procurar minha luneta, a mulher disse: O que foi? Tava num sonho porreta... - E o samba sabe onde era? Óia, no antigo barracão que tinha em Serra Preta