Sebastiana, pra onde tu vai? Vou voltar para a casa de meus pais Lá nasci na fartura e aqui não fico mais!
Cai no conto do vigário E fizeram o meu pai de otário Me prometeu tudo E até disse que a sua casa era um palacete Chegando lá O enganador não tinha nenhum tamborete Agora imagine uma rede para deitar Em dias de chuvas As goteiras não consigo nem contar
Sebastiana, pra onde tu vai? Vou voltar para a casa de meus pais Lá nasci na fartura e aqui não fico mais!
A geladeira até parece um cacimbão Só tem água e nenhum pedaço de pão Quem vive de amor é cupido Dividir nada por nada É pura ilusão de enganador Se para um a coisa está feia Dividir pra dois está muito pior
Sebastiana, pra onde tu vai? Vou voltar para a casa de meus pais Lá nasci na fartura e aqui não fico mais!
Chega de esperar pelo que não vem A fome chegou, a máscara da ilusão rasgou Vou pegar o primeiro trem Pois aqui não fico mais Quem acha bonita uma tal história de amor Não passa de um enganador
Sebastiana, pra onde tu vai? Vou voltar para a casa de meus pais Lá nasci na fartura e aqui não fico mais!