Meu pagode é um pé de vento e a viola é um trovão Ela dá o sentimento aumentando a inspiração O ponteio da viola estremesse o coração Sapateia rapaziada e levanta poeira do chão
Por muito tempo esta viola fez o povo arrepiar A multidão aplaudir e a platéia delirar Nas mãos do rei do pagode só faltava ela falar Esta viola pagodeira eu gosto de pontear
No dia quinze de outubro chorou meu Brasil inteiro A perda de um grande mestre um exemplo de violeiro O maior de todos tempos um campeão pagodeiro A eterna majestade, o saudoso Tião Carreiro
O som da sua viola ficou aqui no Brasil O balanço do pagode coisa igual nunca existiu Pardinho não canta mais, o trono se dividiu Porque o mestre Tião Carreiro deixou o espaço vazio