Hoje eu vivo numa cadeira de rodas O meu lamento é não poder mais caminhar As minhas forças foi tirado pelo o tempo A dura luta que eu tive que enfrentar Esta é a cina de um velho carreiro Que o destino impediu de carrear Avezes fico relembrando meu passado Essas lembranças me faz sofre chorar
Com sete anos já candeava boiada Pelas estradas daquele imenso sertão Meu velho pai que era o mentre dos carreiros Junto com ele aprendi a profissão Mais o destino embargo a sua vida Deixou de luto o meu pobre coração Pro campo santo ele foi num carro de boi De longe eu via o choro triste de um cocão
Fiquei sozinho com quinze anos de idade Mais na verdade aprendi bem a lição Fui um carreiro respeitado no lugar E conhecido ali em toda região Trago um diploma desta escola da vida São duros calos que tenho em minhas mãos Trabalhei muito pensando em ser feliz Tudo que fiz foi pra riqueza do patrão
Essa cadeira hoje é minha companheira Tô esperando a minha hora chegar Só quero ter a recompensa do senhor Tenho certeza que esta não vai me faltar Quando morre quero ir pra junto dos carreiros La do infinto ver uma boiada passar Quero escutar o grito de um candieiro Também ouvir um carro de boi cantar