(Ty-Rap) Estou cansado de ouvir no noticiário Que filho mata pai e não se torna refém do estado Que o morador sempre encontra a bala perdida E mesmo assim não consegue dá adeus a sua família Em cada ação coletiva gera um defunto Sem opção fora do comum Raça humana o seu cheiro fede a carniça Quem ainda não morreu levanta Os braços e dê graças a deus A opção é blindar a escola? Ocultar a violência que vem lá de fora (Colecionadores de cabeças de favela) Pisando em quem já sofre pelo sistema Toda semana tem um o mesmo esquema Um morto no jornal, viralizou geral Vitima de bala marcada em seu quintal Quero justiça e não uma data com desgosto De um tiozinho morador do morro A revolta nesse mundo cada vez me cega (Cada vez me cega)
(Magoo) Difícil acreditar que mesmo iludido sofrendo excluído O povo não vai enxergar o papel escroto da globo É tratar o pobre como bobo alienar pacificar Nós vai voltar como Zumbi e Dandara pra vingar Todo o mal que fez a favela chorar No passado o presente Lutando por um futuro digno para toda a nossa gente Perigo eminente é o estado que matou covardemente O menino Eduardo favela exposta a violência Tirando das criança a inocência é um esculacho Ta tudu errado não posso ficar calado Cada dia que passa na favela tem mais um revoltado Justifico mãos pro alto não sou bandido o preto como alvo acho meio esquisito (Racismo!) Pela cor de pele retinta excluído me esquivando Das balas pra não ser o escolhido Pilantra não cola comigo tenho dito Bate o martelo esse é o veredicto
(Joss) Realmente, muita gente desse mundo em que vivemos Age de forma indiferente nesses casos críticos Não existe olhar amigo é bem mais fácil ignorar E olhar só pro próprio umbigo admito que entra no poço minha esperança Sempre que vejo alguma arma na mão de criança não admito não fazer nada pra reverter Então vamos disseminar esporte, cultura e lazer Mesmo que esses fardados persistam sendo um aperto de mente Focamos na luta pra tentar fazer da favela um lugar diferente Paz, Justiça e Liberdade serenidade pro morador Tentam nos Colonizar por isso, nós tacamos o Terror E Assim, Expressamos a dor por todos que já se foram Não temos nada a ver com o confronto Mas mesmo assim nos poram, no meio Cada role com a família um Receio Cada role sozinho um pavor Culpa dos ratos de preto com seu preconceito Que fazem subir o vapor Da pólvora, contra inocentes Não quero que seja assim com nossos sucessores Mas só acontecerá se os ratos saírem Morte... à todos esses opressores
Em cada esquina Um morto na chacina Não será esquecido Tento tampar os ouvidos Mas o choro e o grito Ainda São mantidos (x2)